Escrito por Pedro Caruso

quinta-feira, dez 02

Sua empresa vai sobreviver por quanto tempo?

Por quanto tempo o seu negócio na Comunicação Visual vai existir? Você já se questionou sobre isso? E mais: a sua empresa vai, somente sobreviver, ou a sua empresa vai, de fato, viver uma vida empresarial? Ela vai ficar como um doente terminal, que simplesmente sobrevive dia após dia? Ou vai aproveitar a vida e conquistar grandes coisas?

Se liga nos tópicos que serão abordados hoje no #HoldBlog!

  1. Qual o propósito de uma empresa?
  2. Diferença entre uma empresa que vive e uma empresa que sobrevive
  3. Como mudar isso?
  1. Qual o propósito de uma empresa?

O pilar de qualquer empresa é geral lucros. Nenhuma empresa nasce pensando em tomar prejuízo ou de não ter lucro. Todos os negócios deveriam se estruturar pelo objetivo de gerar lucros. A empresa também deve ter a ambição de crescer. Nunca ficar estagnada. Mas, claro, com organização e planejamento, para que o crescimento exponencial não vire um problema. 

Quando não há organização, o crescimento da empresa, de fato, pode ser um problema, mas não é este o ponto. O crescimento deve ser uma consequência da organização e gestão do bom empresário, que não pode deixar o negócio totalmente dependente de si.

Outro pilar, mas não menos importante, é encontrar caminhos para perpetuar o seu negócio. Quando você inicia um negócio, obviamente não pensa em como vai estar seu negócio daqui a 50 anos. Mas também não se vê fechando seu empreendimento em 5. É natural que no momento em que se decide iniciar um novo empreendimento, muitas dúvidas rodeiem a mente do gestor, inclusive se aquilo vai dar certo ou não.

Na maioria das vezes, as empresas fecham em até 3 anos. Mas isso não é uma exclusividade do Brasil. As taxas americanas também são muito agressivas, e muitas empresas não conseguem se manter por um longo período.

O empreendedor, sobretudo quando está começando, precisa lidar com as nuances e armadilhas do mercado, que se comporta como um leão. Até dar certo, um empresário pode passar por várias tentativas mal sucedidas, até chegar ao momento em que ele adquire experiência e conhece os atalhos do mercado.

Vamos acompanhar agora alguns casos de sucesso

3M

É uma empresa bem impactante no ramo de Comunicação Visual, e pode ser considerada um dos maiores exemplos de inovação e perpetuação de um negócio. Nasceu no período de guerra, atuando na área têxtil/metalúrgica, e foi se adaptando ao longo do período.

Hoje possuí mais de 50 mil produtos. Faz desde vinil, adesivo, fitas a uma infinidade de outras coisas. E o maior legado dela: a cultura da inovação. Entender o processo evolutivo, de como fazer. Está vivendo uma grande vida empresarial. Todos os produtos da 3M são de qualidade.

Lego

A tecnologia tirou a atenção das crianças do meio físico para o digital. E o que a Lego fez? Chorou e fechou a empresa dela? Não. Migrou para o digital. Reinventou seu próprio negócio. Lançou séries de lego do Star Wars, do Harry Potter, e conseguiu se reestabelecer no mercado.

IBM

Já apareceu em muitos filmes do Steve Jobs e foi uma grande concorrente da Apple. Era uma empresa extremamente engessada, vinculada a um processo de gestão muito tradicional. E foi engolida pela Apple. Hoje, a IBM se reinventou. ´É uma das maiores empresas do mundo de inteligência artificial, com destaque na área médica, que consegue até prever a existência de câncer em pessoas.

Netflix

Era uma locadora, e hoje é a plataforma de streaming mais famosa do mundo. E até chegar ao patamar que hoje conhecemos, a empresa também quebrou a cara. Fez uma modificação na dinâmica, que inicialmente só permitia que o usuário assistisse um único vídeo por mês. Mas eles só estavam testando, e era óbvio que não ia dar certo. Mas este é o conceito: tentar quantas vezes forem necessárias. Até que, uma hora, eles perceberam que seria muito mais factível vender assinaturas ilimitadas para o usuário aproveitar. Hoje, a Netflix é um dos maiores estúdios de produção de conteúdo do mundo e compete com as maiores empresas do ramo. As pessoas crucificam o erro, quando os erros, na verdade, deveriam ser incentivados. Pois é errando que se adquire a experiência necessária para acertar, de uma vez por todas.

“Aprender com os erros dos outros é mais fácil e custa menos”.

Agora, vamos falar sobre exemplos de empresas que não inovaram e acabaram ficando para trás.

Nokia

Há menos de 15 anos, a Nokia dominava o mercado de telefones celulares do mundo inteiro, chegando a marca de um bilhão de clientes. E cadê a Nokia hoje? O que aconteceu com ela? Simplesmente não inovou. E ficou para trás.É a prova de que você pode ter todo o dinheiro do mundo, mas se não inovar, vai ficar pra trás.

Kodak

É uma empresa que até existe ainda. Mas vale uma pequena fração do que um dia já valeu. Está sobrevivendo, no leito de morte. As câmeras digitais mataram a empresa. E foi a própria Kodak que criou as câmeras digitais. A empresa teve, nas mãos, a possibilidade de ser a pioneira no armazenamento digital de imagens, mas, na época, optou por guardar a ideia na gaveta, com medo de perder os clientes que revelavam as fotos. O resultado foi que, pouco tempo depois, alguém aproveitou a ideia, e a empresa acabou morrendo da mesma forma.

Blockbuster

Já foi a maior empresa de locação de filmes, e hoje em dia não existe mais.

Blackberry

Já foi referência de luxo e sofisticação no mercado de aparelhos celulares, e hoje em dia caiu completamente em desuso. A empresa segue produzindo celulares com teclado, mesmo diante de uma realidade em que há raros consumidores que preferem esta modalidade de telefone.

E agora? Quais serão as próximas empresas a falir?

Podemos citar uma série! O mundo se atualiza e as demandas mudam. Se as empresas não se atualizam na mesma velocidade, vão ficar para trás.

Um grande exemplo disso são as montadoras de carros, que observam a ascensão dos carros elétricos em todo mundo. A demanda de petróleo também diminui vertiginosamente. Como ficará a atuação da Petrobras neste cenário? O que farão as companhias de estacionamento nas ruas, quando os carros elétricos e altamente tecnológicos estiverem circulando em massa pelas ruas da cidade? Eles serão tão inteligentes que vão estacionar sozinhos!

Você já pensou se a Comunicação Visual passasse por uma mudança drástica, e o serviço não fosse mais viável? Se a demanda sumisse?

Nesse caso, quem iria para o espaço seríamos nós, a Holdprint. ;(

  • A diferença entre uma empresa que vive e uma empresa que sobrevive

Os negócios imitam a vida. A empresa que simplesmente sobrevive não atinge seus objetivos, seus pilares. Passa um dia, passa outro, e nada muda.

A Comunicação Visual tem sofrido muito com o aumento de concorrência, mas também com o crescimento da demanda.

Gestores que souberem canalizar corretamente essas demandas, com bastante organização, terão excelentes resultados.

Agora, observe este balanço de caixa de uma empresa do ramo de Comunicação Visual, no ano de 2018.

Essa empresa vive? Ou sobrevive? Não há brilho neste negócio.

Observe que, ao final dos doze meses, o prejuízo foi de R$ 10 mil.

Agora, vamos ao balanço de 2019.

Observe que, neste ano, o prejuízo foi de R$ 70 mil, porque aumentaram um pouco as despesas, e houve um aumento da inflação.

Ao todo, a empresa acumula R$ 80 mil de prejuízo, além dos juros.

Em 2020, a despesa e a inflação voltam a subir, e o prejuízo foi de R$ 133 mil.

Nesse momento, o empreendedor começa a se questionar se ter uma empresa de Comunicação Visual vale a pena, porque ele acha que o problema é o segmento. Mas, na verdade, o problema é a falta de inovação desse negócio e uma gestão que deixa muito a desejar.

Problemas de sobrevivência

Nesse caso, quando uma empresa apenas sobrevive, quais são os problemas gerados por isso?

A princípio, podemos citar quatro, principalmente:

  1. Solvência

A empresa não consegue mais se quitar. Fica alguns anos se arrastando, acumulando prejuízos, pegando capital de giro, colocando capital de giro, até que chega uma hora que esse capital de giro é impagável, a empresa não tem mais crédito e a solução que muitos encontram é derrubar uma razão social e abrir outra. E o ciclo se repete, porque os hábitos de gestão se mantêm. Acaba virando um ciclo vicioso.

  • Atualização tecnológica

Um outro problema muito comum que essas empresas enfrentam é a dificuldade de haver uma atualização tecnológica. O gestor não consegue adquirir um novo equipamento, enquanto sua máquina está obsoleta. Para adquirir uma nova impressora, por exemplo, é necessário fazer um investimento, que a empesa não tem capacidade.

  • Marketing

Uma empresa que mal consegue adquirir equipamentos básicos para o funcionamento, certamente também não terá verba disponível para investir em marketing. As maiores empresas do mundo investem pesado neste setor, e uma vez que não há investimento na expansão e consolidação da marca, a empresa certamente ficará para trás.

  • Investir em inovação

Basicamente o tema que abordamos ao longo de todo #HoldBlog de hoje. O investimento em inovação é fundamental para a perpetuação e consolidação do negócio. Porém, se não há fôlego para investimentos mais básicos, certamente não haverá verba para investir nesse campo tão importante.

E como mudar isso?

  • Informações reais do seu próprio negócio

Você sabe os números do seu negócio? Sabe se ele está vivendo ou sobrevivendo? Você tem esses dados para fazer essa análise? Qual o lucro real você está tendo? Se está tendo prejuízo, quem te deu esse prejuízo? Comercial, estoque, o financeiro? Se você não sabe os dados reais, acaba perdendo dinheiro e não sabe. Como vai investir em crescer e multiplicar se não tem essas informações?

A primeira dica é: corra atrás dessas informações. Entenda o seu negócio em detalhes.

  • Dedique tempo para a inovação

Agora você já sabe o que te gera lucro e o que te gera prejuízo. A partir disso, dedique uma hora do seu dia para desenvolver algo novo. Basta uma hora por dia. Utilize esse tempo única e exclusivamente para pensar em coisas originais e que vão agregar valor à sua empresa. Não existe nada mais lucrativo no mercado do que você ter algo que ninguém tem para vender. Tudo que é novo não tem comparação de preço.

“Ok, mas eu não sou de inovação, minha parte mesmo é a produção, e agora?”

Inovar é difícil mesmo. A chance de errar é muito grande. Mas há técnicas específicas para isso, que podem ser trabalhadas. Uma das técnicas mais certeiras é perguntar diretamente ao cliente o que ele quer comprar. Ele vai te dizer. Mas de forma indireta. Vai te dar dicas. E a grande sacada é conseguir entender essas dicas, que muitas vezes estão nas entrelinhas.

O cliente deixa pistas sobre o produto que ele quer. Ninguém sabe melhor sobre o problema que tem, do que o próprio cliente. E quando você consegue resolver o problema dele, o preço não será mais uma questão, porque você tem a solução. Escute a dor do seu cliente.

  • Replique o que está dando certo

Uma vez que você já sabe seu lucro, está investindo em inovação e sabe exatamente o que deu certo, agora é hora de escalar. Aumente o volume. O lucro já começou a acontecer, você já sabe aquilo que é bom e aquilo que é ruim. Você já tem os dados que precisa. Já está inovando, já sabe o que quer. Agora, replique e pratique o que está dando certo. Tem coisa que você pode estar dedicando muita energia e o retorno é muito baixo. Portanto, não vale a pena. Quando você tem os dados do seu negócio, você vai saber essas informações. O problema é quando você não tem essas informações.

  • Perpetue o inconformismo e o empreendedorismo

Quando o seu foco deixar de ser a impressão ou a Comunicação Visual e passar a focar em resolver a dor do cliente, vender o que ele quer (e não o que você quer), aí sim, você continuará perpetuando por muito tempo o seu negócio.

Imagine a 3M. Se ela continuasse fazendo peças para metalurgia, fatalmente já teria fechado as portas. Mas, ao contrário, ela escutou o que o mercado pedia. E começou a produzir o que o cliente queria, sempre inovando e com qualidade. Quando você escuta o que o mercado quer comprar, você vai vender. Porque o mercado nunca acaba. Se hoje o cliente compra uma fachada linda e maravilhosa, amanhã ele pode querer comprar uma máscara. E daqui a 50 anos? O que ele vai comprar? Não importa. De qualquer forma, você estará vendendo, porque escuta ele.

Pensa sobre isso. Escuta o seu cliente. Desenvolva exatamente aquilo que ele quer comprar. Estipule um preço justo, com uma boa margem de lucro, e seja feliz!

Esse foi o conteúdo de hoje no #HoldBlog

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Até a próxima, pessoal!

Atenção: o conteúdo deste texto foi extraído da Live 8 “Sua empresa vai sobreviver por quanto tempo?”, apresentada pelo nosso CEO Rafael Ahmann e disponível no canal Holdprint Brasil no YouTube.

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